Você já pensou em como as grandes empresas cresceram? E como elas se mantém no topo? Será que seus gestores tomam decisões ao acaso, esperando algum acontecimento para só então reagir a ele? Definitivamente não.
Cada vez mais, as empresas precisam ser proativas, estarem à frente dos acontecimentos num mercado volátil e extremamente concorrido. Diariamente, milhares de novas empresas são abertas e menos de 5% delas chegam a cinco anos de existência. Isso é um reflexo da falta de planejamento estratégico.
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O que é o planejamento estratégico da empresa?
Em resumo, é o conjunto de fatores considerados importantes para levar a empresa aos seus objetivos de mercado. Nele, estão o processo de trabalho, marketing, stakeholders, financeiro, TI e demais setores que precisam atuar em conjunto para a concretização das metas. Em geral, um planejamento é feito para pequenos e médios prazos, entre um e cinco anos. Mas é perfeitamente aceitável ter planos para 10 ou mais anos de execução.
Como criar um bom planejamento estratégico?
Antes de chegar nesta etapa, existe um momento essencial: a inteligência de mercado. Este conceito demarca as ações de captura e análise de dados variados do mercado de atuação da empresa: clientes, fornecedores, concorrentes, comunidade do entorno, parceiros, público interno entre outros. Até alguns anos atrás, a maioria destes dados era obtida quase manualmente, através de aplicação de entrevistas, pesquisas de mercado, relatórios gerenciais de sistemas ERP e eram compilados e analisados pelos cientistas de dados ou profissionais das áreas de TI.
Mas, com a popularização da internet, que inclusive chegou aos objetos (internet das coisas), essa tarefa árdua tornou-se muito mais fácil e acessível. Aquele processo demorado e custoso, que demandava um grande aparato e vários colaboradores, agora depende de softwares que já fazem praticamente tudo: buscam dados profundamente na internet, a partir de inúmeras fontes, compila e transforma em gráficos e tabelas.
Hoje em dia, ao gestor cabe a inteligência de fazer ao software as perguntas corretas, para gerar as respostas necessárias. Pequenas empresas também podem trabalhar com essa inteligência em seus planejamentos. Imagine, por exemplo, uma pequena loja de bicicletas que tenha todo o histórico de seus clientes armazenado em dados. Sabendo as marcas, as preferências e a periodicidade em que fazem a manutenção de suas bikes, a loja poderá convidá-los para conhecer lançamentos, acessórios ou realizar manutenções programadas, gerando um fluxo contínuo e lucrativo.
Aplicando a inteligência de mercado no planejamento estratégico
Tendo em mãos o conhecimento sobre seus clientes, fornecedores, concorrentes e seu entorno, já é possível vislumbrar objeções e oportunidades no seu mercado. Comece seu planejamento tornando os dados de inteligência visíveis. Faça gráficos, desenhos, mapas mentais, fluxogramas e coloque-os lado a lado, na ordem como deve acontecer o processo de compra na sua empresa. Convide todos os departamentos a participar da elaboração do planejamento, pois ele irá impactar diretamente no trabalho de todos.
Agora que você já tem uma espinha dorsal, descreva, em conjunto com os demais participantes, os desafios de cada setor em cada uma das etapas do processo de compra. Em seguida, com base no que você obteve através da inteligência de dados, sugira ações viáveis para cada um dos desafios. Faça isto com todas as etapas e, ao final, você já terá um esboço do planejamento.
O próximo passo é a conferência ou verificação. Verifique se as ações propostas são aplicáveis, se elas representarão mais custos e, caso positivo, se tornarão positivo o seu ROI (Retorno Sobre Investimento – em inglês: Return Over Investiment). Crie KPIs (Key Performance Indicators): indicadores que medirão os resultados de cada ação, como ticket médio, tempo para aquisição, vendas por dia/semana etc.
Finalizando o planejamento estratégico, defina um cronograma e designe responsáveis em cada área. Faça um checklist e uma tabela de acompanhamento, chamada follow up. Solicite constantemente dos responsáveis este follow e utilize os resultados do seu planejamento dentro do próprio software de inteligência. Assim, você poderá antever a necessidade de alguma correção ou mudança em seu planejamento antes de ocorrer alguma perda.
Conclusão
Um bom planejamento estratégico é feito a partir de dados reais, também conhecidos como Big Data, que atualmente são facilmente obtidos e compilados por softwares de inteligência de mercado. Este planejamento irá nortear as ações da empresa nos próximos meses e anos, em todos os seus setores, visando o seu crescimento e o aproveitamento de oportunidades de mercado.
No entanto, nada substitui a inteligência humana, a perspicácia do gestor, a proatividade em fazer as perguntas certas e obter as respostas necessárias. A observação e o monitoramento constante são essenciais para o sucesso de qualquer planejamento estratégico.